Participar de rodas de conversa para homens é uma experiência que vem sendo bastante difundida, porém é comum que muitos homens ainda não tenham participado de encontros como esse.
Mas para que participar de rodas de conversa entre homens? O que se fala nesses encontros?
Cada roda têm um objetivo, mas, no geral, funcionam como espaços seguros para que homens, dos mais diversos perfis, possam trocar experiências, compartilhar suas dores e também seus avanços.
Nas rodas de conversa promovidas pelo Instituto PDH/PapodeHomem, prezamos pela construção de pontes, ouvindo a todos igualmente, sem julgamentos, mas propagando respeito e tempos de fala distribuídos.
Oportunidade de desenvolvimento
Para Cristiano Rancan, geólogo da Petrobras, que participou de uma das nossas rodas de conversa em março (2025), aquela foi uma oportunidade de desenvolvimento:
“Foi ótimo para exercitar um pouco do que nós vimos no ano passado [treinamentos online] e também para participar pela primeira vez em uma roda de conversa tão grande e dividir experiências com pessoas que eu não conhecia. Isso enriqueceu muito e eu não vejo a hora de participar de mais um encontro como esse”.
Rodas de conversa não substituem psicoterapia ou tratamentos
Apesar da força das conversas e trocas de experiências, é importante ressaltar que as rodas de conversa não substituem acompanhamentos terapêuticos, psicoterapia ou tratamentos psiquiátricos. As rodas funcionam como mais uma ferramenta, por meio do qual a auto reflexão e o aprofundamento em si mesmo são incentivados.
Sobre esse assunto, consultamos o psicólogo Marlon Nascimento, que colocou luz sobre a importância de não substituir acompanhamentos com psicólogos ou psiquiatras pelas rodas de conversa:
“Participar de rodas de conversa não exclui a necessidade de psicoterapia individualizada. Elas se complementam por serem propostas bem diferentes. Enquanto a psicoterapia individualizada se refere ao ‘interno’ as rodas de conversa estão mais ligadas ao ‘externo.”
Segundo Marlon, às necessidades vêm de origens diferentes, por exemplo:
“Quando há necessidade de uma perspectiva mais individual, numa perspectiva de tempo mais extensa, de um aprofundamento na sua história e de levantar elementos fundamentais para o seu desenvolvimento, numa roda de conversa isso não será possível, daí a necessidade da psicoterapia individualizada. Nem sempre a psicoterapia dá conta de tudo, por isso participar das rodas de conversas também é de extrema importância”.