Pesquisa Meninos: só 5 em cada 10 adolescentes têm certeza que são amados pelo pai
Os meninos têm dúvidas sobre o amor dos pais e poucas referências positivas de masculinidades
Os primeiros dados da pesquisa “Meninos: Sonhando os homens do futuro”, são apresentados no Theatro Municipal de São Paulo.
O lançamento dos primeiro dados da pesquisa “Meninos: Sonhando os homens do futuro” reuniu pesquisadores e influenciadores que abordam masculinidades, lifestyle e paternidade no Bar dos Arcos, no Theatro Municipal de São Paulo. O evento foi organizado por Natura, que é a viabilizadora do Projeto Meninos, e na ocasião lançou a campanha “E se nós cuidássemos mais uns dos outros?”
O projeto Meninos: sonhando os homens do futuro é idealizado pelo Instituto PDH e tem apoio estratégico do Pacto Global da ONU no Brasil.
O Instituto PDH, representado por Guilherme Valadares e Zé Ricardo Oliveira, conduziu a apresentação com os dados da pesquisa e depois mediou uma roda de conversa sobre cuidados, paternidade, amor e masculinidades com Carlos Henrique Ruiz e Lucas Rabello Monteiro, do perfil @Paisde3_.
Na plateia estavam personagens importantes da comunicação nas redes sobre masculinidades em seus diferentes recortes: Rafael Sanko (@sankofamily), Roger Cipó, Lucca Najar, Levi Kaique, Dante Oliver dentre tantos outros nomes.
O estudo revela que 5 em cada 10 dos meninos entrevistados, na faixa de 15 a 17 anos, têm dúvidas sobre o amor paterno. A investigação também analisou como fica essa percepção de ser amado dentro de cada grupo étnico-racial (meninos brancos, indígenas, amarelos e negros).
Entre os meninos que menos duvidam do amor do pai, estão os meninos brancos (35%), e entre os que mais tem dúvida estão os meninos negros (49%).
“Ao observarmos essa dinâmica quando direcionadas a meninos, que normalmente são criados com frieza e endurecimento, entendemos o quão complexo é querer que os homens do futuro sejam mais gentis e amorosos, se esses meninos pouco recebem e são estimulados a essa prática. Não se sentir amado tem um impacto negativo na saúde mental, pois esses jovens podem ter dificuldade em distinguir amor do que é abuso, posse ou violência.”
– É o que afirma Marlon Nascimento, psicólogo clínico e social especialista no atendimento de homens e jovens negros e de periferia.
Aqui vai o link do compilado de dados no nosso Instagram:
“Meninos: Sonhando os homens do futuro” é um projeto para a transformação do meninos e conta com três pilares principais: uma extensa pesquisa sobre sonhos e necessidades dos meninos, um documentário que permita levar os resultados das pesquisas até os adolescentes e um programa formativo para ser aplicado em espaços educativos ou esportivos, focado em desenvolvimento de equilíbrio emocional e relações de respeitos.
A falta de homens que sejam referência positiva de masculinidade pode agravar a situação. Outro dado revelado pela pesquisa, é que 6 em cada 10 meninos afirmam conviver com poucos ou nenhum homem que seja uma referência positiva de masculinidade. Ainda assim 6 a cada 10 também afirmam que a principal referência de masculinidade é seu pai.
“Meu pai foi minha principal referência de masculinidade, mas não foi exatamente uma referência positiva”
– Resumiram Lucca Najar e Lucas Paiva.
O fundador do Instituto PDH e idealizador da pesquisa, Guilherme N. Valadares, aponta como “é muito difícil ser o que não conseguimos ver. Por isso é tão importante que os meninos tenham convivência com homens que assumam sua responsabilidade em serem exemplos de masculinidades mais responsáveis e conscientes.”
Viviana Santiago, consultora estratégica do projeto “Meninos: Sonhando os homens do futuro” comenta sobre o impacto disso na vida dos meninos:
“Percebemos que os meninos entendem que existem outras possibilidades para ser homem, mas não conseguem encontrar ao seu redor homens que possam inspirá-los nesse caminho. Ao longo dos anos, com poucas referências positivas, nós acabamos perdendo esses meninos para as performances de masculinidades que são marcadas pela violência, pelo poder sobre meninas e mulheres, dentre outras coisas.
Os meninos estão nos dizendo que querem ser homens melhores no futuro. Mas o que nós vamos fazer para garantir isso?”.
Dentre as várias respostas, 6 em cada 10 responsáveis por meninos entre 13 e 17 anos gostariam que seu(s) menino(s) aprendessem como ficar mais bonito(s) (corpo, pele, cabelo, etc.) — esse índice é o mesmo em relação ao interesse geral de meninos sobre o assunto. É interessante notar que os meninos de escola pública estão mais interessados em aprender sobre estética e beleza (63%) que os meninos de escolas privadas (56%).
Essa resposta quebra um estereótipo de gênero, indicando que meninos da geração z no geral, se importam de forma significativa com cuidados estéticos.
Claudia Pinheiro, diretora global de perfumaria da Natura, ressalta a importância dos dados revelados pela pesquisa para a construção de referências positivas para os meninos. E esse recorte da pesquisa reafirma a nossa missão de contribuir para uma sociedade onde os meninos se sintam mais confiantes e confortáveis consigo mesmos. Tal compromisso vai de encontro a nossa proposta de Natura Homem, marca expert em Perfumaria e cuidados pessoais para este público, que ao longo dos últimos anos buscou reforçar o apoio e o estímulo para os homens expressarem sua individualidade e cuidarem de si mesmos, livres de padrões. Ao pensar nas gerações futuras, precisamos olhar para os meninos do presente”, reforça Claudia.
“Trabalhar com os meninos de hoje é uma chave importante para garantir uma sociedade com homens mais saudáveis no futuro”
Sobre porque realizar um projeto com foco nos meninos, Guilherme N. Valadares, diretor de pesquisas do Instituto PDH e um dos fundadores do PapodeHomem comenta:
“O foco nos meninos é estratégico porque é nessa fase que muitos comportamentos e crenças são formados. Queremos desafiá-los a questionar estereótipos prejudiciais, aprender a lidar com suas emoções e adotar atitudes que promovam equidade e respeito.
Estamos confiantes que podemos causar um impacto positivo e duradouro na vida desses jovens e, consequentemente, na sociedade como um todo. Trabalhar com os meninos de hoje é uma chave para garantir homens melhores no futuro.”
Se quiser mais informações sobre o projeto “Meninos: sonhando os homens do futuro” acesse.
avaliação média das milhares de pessoas participantes de nossas palestras e workshops.
de pessoas já assistiram nossos documentários em plataformas online.
palestras e treinamentos realizados em empresas, órgãos públicos, fundações e escolas, impactando milhares de pessoas.
atividades voluntárias (rodas, debates, exibições) realizadas em todo o país, à partir de nossos filmes e pesquisas.
nossa experiência no campo das masculinidades.
das pessoas que participaram de nossos treinamentos afirmam que suas crenças e ações cotidianas foram impactadas, em alguma medida.
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