Após a apalestra que realizamos na Associação Brasileira de Imprensa, fomos conversar com a Dianna Yara, jovem que faz parte da GirlUp, que deixou esse depoimento maravilhoso.
Sim, Dianna, os homens precisam conversar sobre o combate às violências contra meninas e mulheres porque, infelizmente, os homens estão envolvidos na maioria dessas violências.
O silêncio masculino muitas vezes pode ser interpretado como conivência ou omissão, daí a importância de uma conversa franca, mas também propositiva sobre o tema.
Ao se envolverem nesses diálogos, os homens reconhecem seu papel na transformação e se colocam como parte ativa da solução, não apenas espectadores. Tornar-se aliado dessas pautas faz parte das ações necessárias para uma transformação social genuína.
Instituto PDH, derrubando muros e construindo pontes cada vez mais fortes
No processo de fazer com que os homens entendam a importância da equidade entre homens e mulheres em diferentes espaços e o quanto sua atuação é fundamental, vivenciamos diversas experiências. Nem sempre é fácil, nem sempre é difícil, mas sempre será uma oportunidade de escuta e de troca. A cada roda de conversa, grupos de homens entendem que ali, naquele espaço, não serão julgados, mas sim escutados e terão suas dúvidas e questões acolhidas. Entendem que ali também é um espaço de aprendizado.
É extremamente satisfatório fechar uma roda de conversa e perceber que conseguimos gerar conexão e sentido, fazendo com que aqueles homens se permitam repensar a si mesmos, sem se julgar, e se autoacolher. É aí que se consolida a construção de pontes: quando mesmo que tímido ou extrovertido, calado ou participativo, aquele homem vai para casa entendendo que ele não deixará de ser ele mesmo só porque decidiu se tornar aliado à causa da equidade.